Mangá é o termo usado para denominar as história em quadrinhos no Japão, atualmente, caracteriza toda a produção japonesa em histórias em quadrinhos. Suas características são: os olhos grandes e expressivos que demonstram emoções, roteiros dinâmicos e de rápida leitura (cinematográficos), preza mais o movimento e a ação.
Não vou me aprofundar sobre como surgiu o Mangá (se você quiser saber mais clique aqui)citarei apenas algumas coisa que considero importante para que qualquer leitor desse tipo de historia em quadrinho saiba.
O mangá que hoje conhecemos, com dramaticidade, ressaltando os sentimentos humanos em relação ao ambiente, foi desenvolvido por OSAMU TEZUKA (de Kimba, O Leao Branco; A Princesa e O Cavaleiro, Black Jack, entre tantos outros), que não é considerado de "deus do mangá" a toa. Até então, as HQs eram meras inanimações de um teatro grego. Tezuka (que já esteve no Brasil no início da década de 80) decidiu usar em suas histórias em quadrinhos as técnicas usadas no cinema, como ângulos de câmeras, fotografia, o impressionismo do cinema alemão de 1930 (alcançando seu êxtase com Metropolis), dentre outras coisas da cinemática. Palavras, sentimentos e emoções transformaram-se em imagens; o que era abstrato vira concreto através do desenho.
Osamu Tezuka foi o maior revolucionário dos quadrinhos japoneses, influenciando até mesmo desenhistas estrangeiros (Maurício de Souza é um deles...), mas foi SANPEI SHIRATO que conseguiu o devido respeito aos quadrinhos pelos intelectuais. Em 1964, Shirato cria a série de mangá KAMUIDEN ("A Lenda de Kamui"), que conta sobre a revolta dos camponeses contra os senhores feudais, provando que os quadrinhos podem ir muito além de um simples entretenimento para mero passatempo.
As revistas de mangá começaram a se desenvolver mesmo somente após a 2º guerra mundial. A produção era artesanal e, ao invés da venda, as revistas eram alugadas em lojas de aluguel de livros, chamadas Kashi Honya. Posteriormente, com crescimento do gosto do público por esse tipo de publicação, as kashi honya transformaram-se em editoras e passaram a produzir os mangás em escala industrial
Para se ter uma idéia os japoneses não se conformam em ler comics de 30 e 40 paginas como na Europa e nos Estados Unidos. Sua leitura habitual consiste em volumes de 300 a 500 paginas de papel reciclado que são mais parecidos com guias de telefone. É preciso - apenas - uns 200 yenes (moeda japonesa) e sua periodicidade pode ser semanal ou mensal. Em seu interior pode ser encontrados mangás de todo o tipo: desde aventuras às historias de yakuzas (máfias), passando por espada e bruxaria, esportes, baseball, wrestling (luta-livre), adaptação de vídeo games, humor e qualquer outro tema que se pode imaginar.
Por causa de tantos títulos, estes volumes são impossíveis de colecionar. A tiragem pode chegar a alcançar cotas inimagináveis para uma mesma editora européia. Por exemplo, o semanário Shonen Jump (famoso por colocar em suas paginas as series tão populares quanto Dragon Ball e City Hunter) imprime a cada semana uma media de 6 milhoes de exemplares. Esta pode ser considerada uma exceção, já que a tiragem normal se situa entre meio milhão e 2 milhoes de exemplares (no Brasil as tiragens não passam de milhares).
Há vários fatores que ajudam a compreender este volume de vendas. Uma das coias é que os japoneses têm mangas muito específicos e segue a idade e o sexo dos leitores. Para os pequenos, podemos encontrar títulos como Doraemon o “Super Bikkuriman”, mangas com sentindo histórico e com direção pedagógica e deucacional. As historias dirigidas aos jovens (que os japoneses contam que tenham a idade de 20 anos) estão centradas em sua maioria nos mangas de ação, aventura e ficção cientifica, com títulos tao significativos com Akira e Dragon Ball. Os adultos posuuem diversos títulos de temas para escolher – entre os que se destacam estão os eróticos que são denominados “salaryman” (para executivos).
Da mesma maneira que os mangas mencionados são feitos exclusivamente para homens, existem mangas realizados para o consumo do publico feminino: são os denominados shojo mangá. Entre seus títulos mais famosos destacam-se Sailon Moon, Candy Candy e a mística Sazae San, sobre as experienciade uma ama de casa japonesa e de um general, contando a maneira de viver das mulheres no Japão.
Uma pequena curiosidade dentro do mundo do mangá é que no Japão a quantidade de profissionais é muito elevada. A cada dia surgem novos artistas, que entram como integrantes de uma equipe ou como autores de sua própria serie. Para o descobrimento de novos talentos, as editoras não deixam de convocar importantes concursos ou convenções, com o objetivo principal de resgatar qualquer pessoa que queira se transformar em um mangaka profissional.
O importante é fato de que o mangá é considerado realmente um meio cultural e, por conseqüência, um negocio com suas próprias “leis” de marketing, que nada tem haver com as européias (e diferentes das americanas). Tudo isso se implica dentro de um mercado carregado de diversidades, onde títulos mais comerciais se juntam com os mais artísticos, e cada tipo de pessoa tem mangá feito à sua medida.
De todas as maneiras, o mangá é uma forma de arte totalmente recomendada, que está abrindo novos estilos gráficos fora do Japão e que sobretudo tem uma industria comercial que não deixa de crescer dia a dia.
Meu conselho é o seguinte (falo pois, também desenho mangá, mas eu não tenho o dom de criar) se você tem talento para desenhar esse estilo de arte e tem facilidade para criar diversos personagens sem precisar copiar de lugar nenhum e quiser ganhar dinheiro fazendo aquilo que gosta. Faça uma coleção de mais ou menos 10 desenhos, pegue-os e transfira para arquivos em .pdf (pode ser outra extensão se quiser) e envie para as melhores editora de mangá, mas tem um detalhe você precisa pelo menos aranhar o inglês pois as melhores revistas são de fora e para você convencer que é um bom mangaka vai ter que escrever alguma coisa no e-mail para explicar o porque de estar enviando os desenhos, quem você é, e quais os seus objetivos profissionais com a Editora ou Profissionais (existem pessoas que contratam sem ser de editoras). Eu não sei informar quanto eles pagam de fato, só sei que se o desenho for a lápis é um valor e de caneta é um outro valor maior, mas o dinheiro ganho é bem maior do que aqui pois eles pagam em dólar. Quem quiser o endereço de algumas editoras e profissionais é só me mandar um e-mail.
Espero ajudar de alguma forma.